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Ministra: Tatiane Sudre
Ministério com Surdos

A Bíblia nos relata, no Evangelho de Marcos (7.31-37), a passagem da cura de um surdo e um gago. Assim está escrito:“Trouxeram até Jesus um surdo, que falava dificilmente; e rogaram-lhe que pusesse a mão sobre ele. Jesus, pois, tirou-o de entre a multidão, à parte, pôs-lhe os dedos nos ouvidos e, cuspindo, tocou-lhe na língua; e erguendo os olhos ao céu, suspirou e disse-lhe: ‘Efatá’; isto é ‘Abre-te’. E abriram-se-lhe os ouvidos, a prisão da língua se desfez, e falava perfeitamente. As pessoas maravilharam-se dizendo: ‘Tudo tem feito bem; faz até os surdos ouvir e os mudos falar’.”

Este texto da Palavra de Deus nos mostra a preocupação do Senhor Jesus com os surdos. Desde Êxodo 4.11-12, o Senhor já se preocupava com eles e com os “surdos-mudos” – um grupo de pessoas que existia desde o início da história da humanidade. Isso nos mostra, também, que havia uma linguagem de sinais entre os surdos, uma vez que esta é uma linguagem natural deles, que nasce da necessidade de se comunicarem.

Jesus gastou tempo com os surdos e lhes dispensou especial amor. Comunicou-se com eles e, ainda, lhes ministrou a cura (Mt 11.5; Mc 7.32-37). Jesus também nos ensinou: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.” (Mc 16.15). Com certeza os surdos estavam incluídos neste grupo, porque eles também são criaturas de Deus. Jesus os tratava de forma tão especial e diferenciada que o “tirou-o à parte de entre a multidão” (Mc 7.33), para ministrar-lher a cura.

Assim como diz a Palavra, Jesus deu-lhes um tratamento especial. O amor ágape, o amor superior de Jesus, não discrimina pela função, mas valoriza a pessoa por sua dignidade conferida por Deus, não vendo mais a surdez como uma deficiência propriamente dita, mas como um “diferencial”. O amor ágape não vê o surdo como um indivíduo doente, como uma orelha ou um aparelho fonador a ser salvo por fonoaudiólogos, reabilitadores etc…, mas como um indivíduo a ser amado e aceito por nós, a ser trabalhado, respeitando seu próprio conteúdo interior e cultura. A Primeira Igreja Batista em Duque de Caxias iniciou há um ano atras o ministério com surdos, cujo objetivo principal é levar também a estas criaturas a palavra de Deus e o evangelho de nosso Senhor jesus Cristo

A Língua de Sinais envolve movimentos que podem parecer sem sentido para muitos, mas que significam a possibilidade de organizar as idéias, estruturar o pensamento e manifestar o significado da vida para os surdos. Pensar sobre a surdez requer penetrar no mundo dos surdos e ouvir as mãos que com alguns movimentos nos dizem o que fazer para tornar possível o contato entre mundos envolvidos. Não é fácil para o surdo, assim como não é fácil para os ouvintes, entenderem uma “cultura” diferente. Para que não seja estrangeiro na cultura do outro, é necessário que se aceitem mutuamente e se respeitem como pessoas dignas. Entretanto, o culto, a forma de buscar a Deus para o surdo, é diferente. Eles precisam de sua língua especial, a LIBRAS, que tem ritmo e vibração diferentes. A Igreja do Senhor precisa aceitar essas diferenças. Os surdos são bilíngües. Para trabalhar com surdos, é preciso, antes de qualquer coisa, aprender. É preciso entrar para a cultura, ir ao seu encontro, ouvir e entender seu silêncio, a sua língua, aceitá-lo e falar sua linguagem, afinal, Deus se fez “carne e habitou entre nós” para nos falar do seu amor.